Não foi desta vez. Única candidata abertamente lésbica a concorrer à prefeitura de Washington DC, Batwoman não conseguiu votos suficientes para se eleger. Venceu a Mulher Maravilha, que de certa maneira é simpatizante, pois nasceu amazona, cercada de mulheres.
A eleição virtual, que teve oito candidatos super-heróis, ocorreu em 11 de julho como exercício de uma oficina promovida pelo NOI (New Organizing Institute). Pode parecer brincadeira, mas o projeto é coisa séria.
O NOI treina agentes de campanhas eleitorais no uso de novas tecnologias e mídias. E-mails, sites de relacionamento, Twitter e ações virais: tudo é campo fértil para a disseminação de ideias e a popularização de candidatos.
O poder das novas mídias em campanhas políticas ficou evidente após a eleição de Barack Obama. Pioneiro no uso da internet como instrumento de trabalho, o time de campanha de Obama manteve eleitores ligados, apaixonados e fazendo doações.
Segundo Arianna Huffington, do site de notícias Huffington Post, "se não fosse a internet, Obama não teria sido eleito. Não teria sido nem candidato democrata".
No Brasil, a atuação de políticos em comunidades eletrônicas ainda é tímida. Mas 2010 está aí e posso apostar que os marqueteiros usarão e abusarão do Twitter, Orkut e de outras novas mídias para atingir o eleitor. Vai ser notícia em todo jornal e revista. Só duvido que apareça candidata lésbica como Batwoman.
© Folha de S.Paulo
Cantora, compositora, colunista GLS e proto-escritora. Lésbica e feminista. Atualmente assina a coluna GLS da Revista da Folha no jornal Folha de S.Paulo e a coluna "Vange Leonel" no Mix Brasil.