rock de mina
As meninas do
Dominatrix foram as primeiras a me falar do
Rock n’ Roll Camp for girls, projeto empreendido por roqueiras de Portland, Oregon, para iniciar meninas no roquenrol. A Flávia, guitarrista do Dominatrix,
escreveu sobre sua experiência como instrutora no "Rock n’ Roll Camp" de 2005 no site pop-feminista
Quitéria, do qual sou colaboradora eventual. Flávia esclarece que a proposta do projeto é "
ensinar meninas o básico em criação e execução de rock n'roll: vocal, bateria, guitarra, teclado, baixo, como escrever letras, construir melodias, noções de som e luz, além de defesa pessoal, história das mulheres no rock, como escrever fanzines e publicá-los". Outro dia, numa conversa de bar, a Flávia me disse que quer promover um roquenrol camp aqui no Brasil, talvez no próximo ano. Aliás, o Dominatrix, que completa 10 anos de existência, está no centro desta revolução roqueira feminista que já formou dezenas de bandas exclusivamente femininas ou com maioria de meninas (a Elisa, outra integrante do Dominatrix e amiga minha, é também idealizadora e organizadora do Quitéria e do
Ladyfest Brasil, festival feminista de rock que já caminha para sua terceira edição). Juntas, todas essas iniciativas estão criando uma cultura de autoestima, valorização e independência do rock de mina e do feminismo jovem brasileiro.